De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Soneto de fidelidade
sábado, 24 de setembro de 2011
História da bela e a fera
A Bela e a Fera Adaptado dos contos dos irmãos Grimm Há muitos anos, em uma terra distante, viviam um mercador e suas três filhas . A mais jovem era a mais linda e carinhosa, por isso era chamada de "BELA". Um dia, o pai teve de viajar para longe a negócios. Reuniu as suas filhas e disse:
— Não ficarei fora por muito tempo. Quando voltar trarei
presentes. O que vocês querem? - As irmãs de Bela pediram presentes caros, enquanto ela permanecia quieta.
O pai se voltou para ela, dizendo :
— E você, Bela, o que quer ganhar?
— Quero uma rosa, querido pai, porque neste país elas não
crescem, respondeu Bela, abraçando-o forte.
O homem partiu, conclui os seus negócios, pôs-se na estrada para
a volta. Tanta era a vontade de abraçar as filhas, que viajou por muito tempo sem descansar. Estava muito cansado e faminto, quando, a pouca distância de casa, foi surpreendido, em uma mata, por furiosa tempestade, que lhe fez perder o caminho. Desesperado, começou a vagar em busca de uma pousada, quando, de repente, descobriu ao longe uma luz fraca. Com as forças que lhe restavam dirigiu-se para aquela última esperança. Chegou a um magnífico palácio, o qual tinha o portão aberto e acolhedor. Bateu várias vezes, mas sem resposta. Então, decidiu entrar para esquentar-se e esperar os donos da casa. Ointerior, realmente, era suntuoso, ricamente iluminado e mobiliado de maneira esquisita. O velho mercador ficou defronte da lareira para enxugar-se e percebeu que havia uma mesa para uma pessoa, com comida quente e vinho delicioso. Extenuado, sentou-se e começou a devorar tudo. Atraído depois pela luz que saía de um quarto vizinho, foi para lá, encontrou uma grande sala com uma cama acolhedora, onde o homem se esticou, adormecendo logo. De manhã, acordando, encontrou vestimentas limpas e uma refeição muito farta. Repousado e satisfeito, o pai de Bela saiu do palácio, perguntando-se espantado por que não havia encontrado nenhuma pessoa. Perto do portão viu uma roseira com lindíssimas rosas e se lembrou da promessa feita a Bela. Parou e colheu a mais perfumada flor. Ouviu, então, atrás de si um rugido pavoroso e, voltando-se, viu um ser monstruoso que disse:
— É assim que pagas a minha hospitalidade, roubando as
minhas rosas? Para castigar-te, sou obrigado a matar-te!
O mercador jogou-se de joelhos, suplicando-lhe para ao menos
deixá-lo ir abraçar pela última vez as filhas. A fera lhe propôs, então, uma troca: dentro de uma semana devia voltar ou ele ou uma de suas filhas em seu lugar. Apavorado e infeliz, o homem retornou para casa, jogando-se aos pés das filhas e perguntando-lhes o que devia fazer. Bela aproximou-se dele e lhe disse:
— Foi por minha causa que incorreste na ira do monstro. É
justo que eu vá...
De nada valeram os protestos do pai, Bela estava decidida.
Passados os sete dias, partiu para o misterioso destino.
Chegada à morada do monstro, encontrou tudo como lhe havia
descrito o pai e também não conseguiu encontrar alma viva. Pôs-se então a visitar o palácio e, qual não foi a sua surpresa, quando, chegando a uma extraordinária porta, leu ali a inscrição com caracteres dourados: "Apartamento de Bela". Entrou e se encontrou em uma grande ala do palácio, luminosa e esplêndida. Das janelas tinha uma encantadora vista do jardim. Na hora do almoço, sentiu bater e se aproximou temerosa da porta. Abriu-a com cautela e se encontrou ante de Fera. Amedrontada, retornou e fugiu através da salas. Alcançada a última, percebeu que fora seguida pelo monstro. Sentiu-se perdida e já ia implorar piedade ao terrível ser, quando este, com um grunhido gentil e suplicante lhe disse:
— Sei que tenho um aspecto horrível e me desculpo ; mas não
sou mau e espero que a minha companhia, um dia, possa ser-te agradável. Para o momento, queria pedir-te, se podes, honrar-me com tua presença no jantar.
Ainda apavorada, mas um pouco menos temerosa, bela consentiu e ao
fim da tarde compreendeu que a fera não era assim malvada. Passaram juntos muitas semanas e Bela cada dia se sentia afeiçoada àquele estranho ser, que sabia revelar-se muito gentil, culto e educado. Uma tarde , a Fera levou Bela à parte e, timidamente, lhe disse:
— Desde quando estás aqui a minha vida mudou. Descobri que
me apaixonei por ti. Bela, queres casar-te comigo?
A moça, pega de surpresa, não soube o que responder e, para
ganhar tempo, disse:
— Para tomar uma decisão tão importante, quero pedir
conselhos a meu pai que não vejo há muito tempo!
A Fera pensou um pouco, mas tanto era o amor que tinha por ela
que, ao final, a deixou ir, fazendo-se prometer que após sete dias voltaria. Quando o pai viu Bela voltar, não acreditou nos próprios olhos, pois a imaginava já devorada pelo monstro. Pulou-lhe ao pescoço e a cobriu de beijos. Depois começaram a contar-se tudo que acontecera e os dias passaram tão velozes que Bela não percebeu que já haviam transcorridos bem mais de sete. Uma noite, em sonhos, pensou ver a Fera morta perto da roseira. Lembrou-se da promessa e correu desesperadamente ao palácio. Perto da roseira encontrou a Fera que morria. Então, Bela a abraçou forte, dizendo:
— Oh! Eu te suplico: não morras! Acreditava ter por ti só
uma grande estima, mas como sofro, percebo que te amo.
Com aquelas palavras a Fera abriu os olhos e soltou um sorriso
radioso e diante de grande espanto de Bela começou a transformar-se em um esplêndido jovem, o qual a olhou comovido e disse:
— Um malvado encantamento me havia preso naquele corpo
monstruoso. Somente fazendo uma moça apaixonar-se podia vencê-lo e tu és a escolhida. Queres casar-te comigo agora?
Bela não fez repetir o pedido e a partir de então viveram felizes
e apaixonados. |
Romeu e Julieta
Romeu e Julieta: uma história vivida na realidade ou fruto da imaginação artística?
Ao longo da História da Arte, diversas obras literárias obtiveram grande destaque chegando a serem consideradas verdadeiros clássicos da literatura mundial. As características de uma personagem ou o envolvente enredo de uma história, por vezes, despertam uma grande paixão do público pela obra. Em determinadas situações, os admiradores de um clássico tão vivo e impactante chegam a questionar se aquelas linhas seriam mera ficção.
“Romeu e Julieta”, do escritor britânico William Shakespeare, conta uma afamada história de amor que envolve um casal de jovens apaixonados proibidos de vivenciar sua experiência amorosa mediante a rivalidade de suas famílias. A intensidade dos diálogos e das ações envolvendo o atraente e trágico casal apaixonado desperta certa desconfiança sobre os limites do real e do imaginado. Afinal, Romeu e Julieta viveram para fora da cabeça de Shakespeare?
De fato, a primeira versão impressa desta obra cita que o enredo daquela história já havia sido encenado em diversas peças de teatro. Um italiano chamado Giralomo della Corte, que viveu na mesma época de Shakespeare, dizia que a cidade de Verona vivenciou esse caso amoroso no ano de 1303. Teria o italiano se inspirado pela obra do escritor inglês ou Shakespeare explorou oportunamente um fato histórico que chegou a seus ouvidos? Difícil dizer.
No entanto, outras obras mais antigas que a do próprio Shakespeare também instiga outras questões a esse mistério. No século II, o escritor grego Xenofonte Epehesio escreveu a obra “Anthia e Abrocomas”, que possui diversas semelhanças com a história dos amantes italianos. Uma outra versão diz que o escritor italiano Luigi da Porto se inspirou em uma obra chamada “Novellino” e produziu um romance ambientado pelos amantes Romeo e Guilietta.
Essa mesma hipótese recai sobre uma obra do escritor italiano Matteo Bandello, que produziu uma versão da história em 1554. Tempos depois, essa história teria sido traduzida para o francês e uma versão em inglês transformou-a no poema “Romeus and Juliet”. No ano de 1567, uma versão em prosa do poema teria gerado o livro “The palace of pleasure”, de Willian Paynter.
Entre tantas versões do que parece ser uma mesma obra, muitos historiadores chegaram à conclusão de que Shakespeare teria compilado uma peça teatral de origem completamente desconhecida. Entre tantas versões e possibilidades, ninguém sabe afirmar se Romeu e Julieta remontam histórias de um tempo remoto ou se vieram a viver na Península Itálica. O único elemento realmente comprovado de toda essa história é o de que as famílias Montecchi e Capelletti existiam.
Na mais famosa obra do escritor Dante Alighieri, “A Divina Comédia”, as duas famílias são citadas enquanto exemplo das disputas políticas e comerciais desenvolvidas na Itália. No entanto, ainda há gente que discorde disso. Para o historiador Olin Moore, o nome destas duas famílias seria um outro desígnio para dois importantes partidos políticos rivais italianos: os gibelinos e guelfos.
Por mais que essa polêmica nunca tenha uma resposta definitiva, podemos notar como as pessoas se sentem impelidas a querer comprovar algo que se apresenta como ficção. O amor trágico e desmedido de Romeu e Julieta parece instaurar um arquétipo de um amor ideal, muitas vezes, distante das experiências afetivas cotidianamente experimentadas. Talvez por isso, tantos acreditam (ou pelo menos torcem) para que um amor sem medidas como do casal shakespeariano acontecesse.
“Romeu e Julieta”, do escritor britânico William Shakespeare, conta uma afamada história de amor que envolve um casal de jovens apaixonados proibidos de vivenciar sua experiência amorosa mediante a rivalidade de suas famílias. A intensidade dos diálogos e das ações envolvendo o atraente e trágico casal apaixonado desperta certa desconfiança sobre os limites do real e do imaginado. Afinal, Romeu e Julieta viveram para fora da cabeça de Shakespeare?
De fato, a primeira versão impressa desta obra cita que o enredo daquela história já havia sido encenado em diversas peças de teatro. Um italiano chamado Giralomo della Corte, que viveu na mesma época de Shakespeare, dizia que a cidade de Verona vivenciou esse caso amoroso no ano de 1303. Teria o italiano se inspirado pela obra do escritor inglês ou Shakespeare explorou oportunamente um fato histórico que chegou a seus ouvidos? Difícil dizer.
No entanto, outras obras mais antigas que a do próprio Shakespeare também instiga outras questões a esse mistério. No século II, o escritor grego Xenofonte Epehesio escreveu a obra “Anthia e Abrocomas”, que possui diversas semelhanças com a história dos amantes italianos. Uma outra versão diz que o escritor italiano Luigi da Porto se inspirou em uma obra chamada “Novellino” e produziu um romance ambientado pelos amantes Romeo e Guilietta.
Essa mesma hipótese recai sobre uma obra do escritor italiano Matteo Bandello, que produziu uma versão da história em 1554. Tempos depois, essa história teria sido traduzida para o francês e uma versão em inglês transformou-a no poema “Romeus and Juliet”. No ano de 1567, uma versão em prosa do poema teria gerado o livro “The palace of pleasure”, de Willian Paynter.
Entre tantas versões do que parece ser uma mesma obra, muitos historiadores chegaram à conclusão de que Shakespeare teria compilado uma peça teatral de origem completamente desconhecida. Entre tantas versões e possibilidades, ninguém sabe afirmar se Romeu e Julieta remontam histórias de um tempo remoto ou se vieram a viver na Península Itálica. O único elemento realmente comprovado de toda essa história é o de que as famílias Montecchi e Capelletti existiam.
Na mais famosa obra do escritor Dante Alighieri, “A Divina Comédia”, as duas famílias são citadas enquanto exemplo das disputas políticas e comerciais desenvolvidas na Itália. No entanto, ainda há gente que discorde disso. Para o historiador Olin Moore, o nome destas duas famílias seria um outro desígnio para dois importantes partidos políticos rivais italianos: os gibelinos e guelfos.
Por mais que essa polêmica nunca tenha uma resposta definitiva, podemos notar como as pessoas se sentem impelidas a querer comprovar algo que se apresenta como ficção. O amor trágico e desmedido de Romeu e Julieta parece instaurar um arquétipo de um amor ideal, muitas vezes, distante das experiências afetivas cotidianamente experimentadas. Talvez por isso, tantos acreditam (ou pelo menos torcem) para que um amor sem medidas como do casal shakespeariano acontecesse.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Amor é assim
Ela: Você
vai acabar enjoando de mim. Todo dia vem me ver.
Ele: Eu bebo água todo dia e não
enjoei ainda.
Ela: Ah, besta! Água é essencial
para vida.
Ele: E você é essencial para mim
vai acabar enjoando de mim. Todo dia vem me ver.
Ele: Eu bebo água todo dia e não
enjoei ainda.
Ela: Ah, besta! Água é essencial
para vida.
Ele: E você é essencial para mim
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